domingo, 9 de abril de 2017

SERVIDORES SE MOBILIZAM CONTRA AS MEDIDAS DO GOVERNO EM SALTO DO JACUÍ

Um grupo de servidores municipais, empregados da CEEE, agricultores do Assentamento Oriental e Rincão do Ivaí, juntamente com  o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e servidores da Câmara Municipal de Vereadores realizaram uma mobilização na tarde da última sexta-feira na Praça Augusto Tramontini em Salto do Jacuí.

O movimento organizado pelos servidores da prefeitura municipal, tinha como objetivo propiciar uma mobilização pacífica, além de pleitear conversas entre os presentes sobre o Projeto referente a Reforma da Presidência que foi para sanção presidencial nos últimos dias. O rupo fez uso de cartazes para ampliar os alertas. 
De acordo com uma das organizadoras da mobilização, se faz necessária diante do silencio de alguns perante as mudanças que envolvem o futuro de todos. "Essa mudança não condiz de forma justa para conosco diante da aposentadoria dos políticos", disse a mobilizadora.
Representantes da CEEE-GT citaram alguns motivos importantes para que a Companhia continue pública. 12 motivos para não privatizar a CEEE.

1) A CEEE gera sua própria receita com a prestação de serviços de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica. Os recursos para sustentar suas despesas, portanto, não vêm dos impostos;
2) A CEEE nunca usa o “caixa único” do estado. Ao contrário, como seus recursos obrigatoriamente passam por lá, é o governo que “gira” com esses recursos para a realização de seus pagamentos;
3) Os lucros e dividendos gerados são reinvestidos na própria empresa ou entregues para o estado (acionista majoritário) utilizá-los nas necessidades básicas e em políticas públicas (educação, saúde e
segurança). Isto é, o dinheiro fica no estado potencializando sua economia. Nas empresas privadas, a maior parte do lucro vai para os donos (investidores) privados - muitas vezes estrangeiros - enriquecerem mais;
4) Não há CCs (cargos de confiança) na CEEE. Apenas parte dos Diretores são externos. Os demais funcionários são qualificados profissionais que entraram por concurso e que são regidos pela CLT
como todos no setor privado.
5) Não há qualquer vínculo com a previdência pública do estado. Os funcionários têm a opção de aderir a uma previdência privada (Fundação CEEE) em complementação ao INSS, para o qual eles contribuem durante sua vida economicamente ativa. Quando se aposentam, o complemento vem
deste fundo, sem gerar qualquer ônus para o Estado, para a previdência estadual ou para a própria empresa;
6) A qualidade do serviços prestados pela CEEE é equivalente a das empresas privadas. Os indicadores nacionais de Geração, Transmissão e Distribuição demonstram isso. Destaca-se que o setor elétrico é extremamente regrado pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel), garantindo o atendimento de requisitos mínimos de qualidade.
7) As empresas privadas do setor se balizam pelo mínimo, exploram e pressionam fortemente seus funcionários para maximizar os lucros que serão enviados para os donos, inclusive de fora do país: EUA, China, Colômbia, etc. Isso é pior para toda a economia.
8) A CEEE e as demais estatais se preocupam mais com a qualidade dos equipamentos e dos serviços prestados e com o atendimento de todos os seus clientes (não apenas dos que pagam mais), potencializando o desenvolvimento do estado. Esse objetivo não está verdadeiramente nos planos das empresas privadas.
9) A eficiência das empresas reflete a qualificação e o comprometimento da gestão e do corpo técnico, independentemente de serem públicas ou privadas. Há empresas públicas eficientes e empresas privadas incompetentes (e vice-versa). No entanto, não há dúvida de que o setor de energia elétrica é um excelente negócio, tanto que há interesses e pressões de grupos privados para que ocorram as privatizações. O objetivo disso, para além do discurso da eficiência, é a transferência de recursos do público para o privado.
10) Quando as estatais são privatizadas se perde todo o patrimônio e os benefícios de curto, médio e longo prazo para economia do estado. O dinheiro da venda desaparece rapidamente no pagamento de despesas imediatas e a economia volta para o mesmo ponto. Esse foi o caso do RS que privatizou parte da CEEE na década de 90, literalmente torrou os recursos gerados e deixou todo o passivo para o que restou da empresa. Essa não foi a “solução mágica” para o estado, como facilmente se percebe hoje, embora se esteja tentando reeditá-la. Esses itens são baseados em informações reais, públicas e por isso não podem ser questionados. Divulga estes argumentos nas tuas rodas de amigos, aproveita tuas redes sociais. A informação pode ser uma arma poderosa na hora de mostrar que a privatização não foi e nem será a solução para os problemas do Estado. E sempre que tiver alguma
sugestão, manda pra gente também: manter a CEEE pública e trabalhar sempre pra que ela seja eficiente precisa ser um compromisso de cada um de nós com a população do Rio Grande.

Referências: Jornal Jacuí News e União Eletricitária.

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